8
RELATÓRIO E CONTAS 2010
3. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA CONSOLIDADA
Em 2010 o ACP conseguiu atingir resultados líquidos positivos, confirmando a tendência de melhoria de performance iniciada em anos
anteriores.
A melhoria dos resultados assentou essencialmente no aumento do volume de negócios e na melhoria da eficiência, conforme se verifica pelo
crescimento da margem EBITDA (EBITDA/Volume de Negócios) e no aumento dos ganhos de empresas associadas (Villas Boas ACP).
O aumento do volume de negócios foi essencialmente sustentado pelo aumento dos rendimentos provenientes das quotas, resultante do
aumento do número de sócios do clube.
A melhoria assinalada foi atenuada pela diminuição dos subsídios recebidos, devendo-se em particular ao facto do Instituto de Desporto
de Portugal não ter atribuído qualquer subsídio ao Rally de Portugal de 2010 (1 Milhão Euros em 2009).
O EBITDA Consolidado (Earnings Before Interest Taxes Depreciation and Amortization) e o EBIT Consolidado (Resultados Operacionais)
mantiveram a tendência de subida registada em anos anteriores.
2010
2009
Volume de Negócios
41 655 778
39 574 572
Subsídios à Exploração
1 645 700
2 753 565
Ganhos/perdas empresas associadas
1 557 889
708 281
EBITDA
1 967 555
1 737 132
Margem EBITDA
4,7%
4,4%
EBIT
455 479
92 871
Resultado antes de Impostos
510 659
172 419
Resultado Líquido Consolidado
135 877
(207 262)
Unidade: Euros
Atendendo à situação financeira do país e da generalidade das famílias portuguesas, o ACP optou por não aumentar as quotas de
associado, contudo mantém nos seus principais objectivos para 2011, em termos financeiros, a melhoria do EBITDA e do Resultado
Líquido Consolidado, assentando essencialmente no aumento da eficiência dos seus recursos.
4. ESTRUTURA E INVESTIMENTOS FINANCEIROS
A estrutura financeira da empresa continua bastante equilibrada, apresentando um rácio de autonomia financeira ligeiramente superior a 50%.
A estrutura do endividamento encontra-se adequada à estrutura do Activo do Grupo, sendo que os montantes exigíveis num prazo inferior
a um ano são inferiores aos montantes realizáveis no mesmo período.
Relativamente à performance das empresas participadas, destaca-se a evolução positiva da associada Villas Boas ACP. As empresas
do grupo consolidadas pelo método de consolidação integral tiveram comportamentos distintos em 2010. A ACP Mobilidade voltou a
apresentar resultados negativos, em virtude da elevada taxa de sinistralidade da sua carteira, em particular nos resseguros, situação que
se prevê venha a ser invertida em 2011 na sequência das medidas levadas a cabo pela empresa.
O ACP Serviços de Assistência apresentou novamente resultados líquidos positivos, embora ligeiramente inferiores aos resultados do ano
anterior, enquanto, quer o ACP Motorsport, quer o ACP Viagens apresentaram uma melhoria dos resultados face a 2010.
5. SNC – SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
A partir de 2010 a generalidade das empresas portuguesas alteraram o referencial contabilístico de preparação das suas demonstrações
financeiras, passando a utilizar as normas e regras constantes do Sistema de Normalização Contabilística, o qual revogou o POC – Plano
Oficial de Contabilidade.
No ACP, quer as demonstrações financeiras individuais, quer as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base no
SNC, tendo igualmente sido adaptadas as demonstrações financeiras de 2009, para efeitos de comparação com os dados de 2010 sujeitos
a novo referencial contabilístico.